17 julho 2013

O Albinismo

Por Érica Lima

O albinismo, também chamado de acromia, acromasia ou acromatose é um distúrbio congênito caracterizado pela ausência total ou parcial de melanina na pele, olhos e cabelos que afeta seres humanos e também animais e plantas. As pessoas com albinismo possuem pouca ou nenhuma pigmentação na pele, cabelo e nos olhos. 

Os cabelos, as sobrancelhas e os cílios são totalmente brancos ou amarelo bem claro. Mais nem todos os albinos possuem exatamente essas características, até porque existem diferntes tipos de albinismos. A cor dos olhos, por exemplo, pode ir desde o tom rosado (no caso do albinismo completo), até a cor azul/verde (albinismo ocular).

                                                                  Chimpanzé albino

 
                                                                       Sequóia albina

A melanina é um pigmento e é a responsável pela proteção da pele dos raios ultravioleta do sol e tem um papel fundamental na visão. Ela é produzida a partir de um aminoácido chamado tirosina.

Uma pessoa com albinismo produz uma quantidade abaixo do normal da melanina. A falta de melanina, parcial ou total, leva a uma maior chance de queimaduras na pele, envelhecimento precoce e surgimento de tumores malignos na pele. Ela funciona como um filtro solar natural, diminuindo a ação da radiação ultra violeta no núcleo celular.

O albinismo é hereditário e é transmitido por três formas diferentes:

  1. Autossomica recessiva - quando os dois pais são portadores do gene (mesmo não desenvolvendo a doença) para que os filhos tenham 25% de chance de serem afetados pela mesma doença.
  2. Autossomica dominante - onde apenas um dos pais pode passar o gene dominante com uma probabilidade de 50% a cada gestação.
  3. Ligado ao cromossomo X - afetando apenas indivíduos do sexo masculino.


Existem  três tipos de albinismo:


  • Oculocutâneo - esse tipo de albinismo afeta a pigmentação da pele, cabelos e olhos. As pessoas afetadas possuem cabelo claro ou bem branco e pele clara. A exposição ao sol por longos períodos aumenta muito as chances de que haja danos a pele e câncer de pele. As pessoas com esse tipo de albinismo possuem uma pigmentação reduzida da íris e geralmente sofrem de transtornos visuais, fotofobia, movimento involuntário dos olhos e em alguns casos chegam a cegueira. Estima-se que cerca de 1 em cada 20 mil pessoas no mundo nasçam com albinismo oculocutâneo.
  • Ocular - é uma forma menos severa desse transtorno, em que apenas os olhos são afetados não tendo a melanina, mais a pele e o cabelo tem cor normal ou quase normal. 
  • Parcial - a pessoa produz melanina em algumas partes do corpo e em outras não. Uma característica desse tipo de albinismo é uma mecha de cabelo clara.
As pessoas afetadas pelo albinismo muitas vezes tem uma morte prematura, os albinos tem uma idade média de vida de 30 anos e muitas vezes isso não está relacionado com a mutação em si, mais com as doenças que a anomalia pode causar.

Não existe nenhum tipo de tratamento específico contra o albinismo, apenas alguns cuidados que os albinos precisam ter para evitar alguns problemas. Por exemplo, eles precisam fazer uso de protetor solar com um fator minimo de 30 FPS, essencial para evitar ou mesmo diminuir a probabilidade de um câncer de pele, por exemplo. O uso de óculos escuros também se faz necessário, já que eles tem uma sensibilidade muito grande a luz.

Abaixo, um vídeo onde uma albina fala um pouco mais da sua vida:





REFERÊNCIAS

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