05 julho 2013





A importância no conhecimento do HPV (Papiloma Vírus Humano)

Por: Any Doésia

Segundo dados do Instituto Nacional  de Ciência e Tecnologia das Doenças, o Papiloma Vírus Humano (INCT-HPV), é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo e as estimativas são de 50% da população sexualmente ativa tenha sido infectada pelo vírus (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, 2011). 

As mulheres são as mais atingidas por essa doença e muitas não sabem como se prevenirem. Para o Dr. Flavio Zucchi, ginecologista e médico docente da Unifesp, o exame papanicolau é o primeiro passo para diagnosticar e iniciar o tratamento, caso a paciente esteja infectada. Aquelas que possuem uma vida sexual ativa devem submeter-se ao exame uma vez por ano, para garantir a prevenção. O especialista comenta que os sintomas do HPV são silenciosos e um dos primeiros indícios é o surgimento de verrugas na região genital e deve ser tratado imediatamente. Do contrário, pode evoluir para o câncer do colo do útero (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, 2011). 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o segundo tipo da doença mais comum entre as mulheres e o HPV é o grande responsável pela maioria dos casos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, 2011). 

Outro fator preocupante é que o número de homens diagnosticados com a doença vem crescendo nos últimos anos. Para eles, o método que constata a presença do HPV é a peniscopia. Porém, não existem muitos laboratórios que realizam esse tipo de exame, tornando difícil a identificação do problema (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, 2011). 


ADAM
O HPV é uma DST que pode causar câncer principalmente no colo do útero e no ânus
fonte da imagem: 
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hpv#.Ui4cBtIUuuo




Conhecendo o HPV
O que é o HPV?

 É uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV). É conhecida como condiloma acuminado, verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer.


Transmissão

A infecção pelo HPV é muito comum. Esse vírus é transmitido pelo contato direto com a pele contaminada, mesmo quando essa não apresenta lesões visíveis. A transmissão também pode ocorrer durante o sexo oral. Há, ainda, a possibilidade de contaminação por meio de objetos como toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras.

O período de incubação oscila muito de 1 a 6 meses, mas a média geralmente fica em três meses. Em alguns casos as verrugas podem aparecer depois de alguns anos. Já o período de transmissibilidade é desconhecido, mas supõe-se que, enquanto houver lesões, persiste a transmissão.
 


Sintomas do HPV

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns do HPV surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Tratamento

O tratamento do HPV pode ser feito por meio de diversos métodos: químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos. A maioria deles destruirá o tecido doente. O ideal é procurar um médico especializado na doença que ele indicará qual o melhor tratamento a ser feito.


Prevenção

Não existe forma de prevenção 100% segura, já que o HPV pode ser transmitido até mesmo por meio de uma toalha ou outro objeto. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões, e sua efetividade não é maior porque o vírus pode estar alojado em outro local, não necessariamente no pênis, mas também na pele da região pubiana, períneo e ânus.


 Vacina

Uma opção ao tratamento são as revolucionárias vacinas contra o vírus, mas não estão disponíveis na rede pública de saúde do País, sendo aplicadas apenas em clínicas particulares. Criada há pouco mais de três anos, o Dr. Zucchi explica que a vacina quádrupla (que protege as mulheres de quatro tipos de HPV), garante imunidade de, no mínimo, 10 anos. Ela consiste em três aplicações e custa, em média, 900 reais, mas não está acessível para grande parte da população. "Infelizmente, a maioria das mulheres não dispõe desse valor para vacinar-se, pois é o melhor tratamento existente contra a doença", informa. O médico esclarece ainda uma questão que gera dúvidas entre a população: o HPV tem cura? Sim, mas o vírus estará sempre no organismo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, 2011). 

 A melhor forma de se evitar a doença é através do uso de preservativos.

O Dr. Zucchi alerta que além das mulheres, os jovens figuram dentre os maiores infectados, pelo fato de iniciarem a vida sexual cada ano mais cedo e não se preocupam em se proteger de doenças. "O risco é maior entre os mais novos porque, além de não utilizarem preservativos, a troca de parceiros aumenta em 15% a chance de contágio", ressalta (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA, 2011). 









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