Aspectos Importantes em Parasitologia
Por: Any Doésia Alves Santos
A parasitologia é a ciência
que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e a relação entre eles. O estudo
dos parasitas abrange os filos Protozoa (unicelulares), Nemathelminthes (vermes
redondos), Acanthocephala (vermes arredondados com pseudo fragmentação e proboscídea
contida de ganchos), Platyelminthes (vermes achatados) e Artropoda (insetos e
ácaros em geral). Destacam-se também o parasitismo por fungos, bactérias, vírus
e até mesmo por plantas (holoparasita e hemiparasita). Os parasitos são
chamados de ectoparasitas, quando vivem
presos a superfície externa de seus hospedeiros, como exemplo dos piolhos e
carrapatos. Podendo ser chamados também de endoparasitas,
quando vivem dentro de seus hospedeiros, exemplo: Trypanossoma cruzy, Taenia solium e T.saginata (NEVES, 2005).
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carrapatos: ectoparasitas de animais e do homem fonte: http://www.agrodefesa.go.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=382%3A-hora-do-controle-estrategico-do-carrapato&catid=46%3Arecentes&Itemid=1 |
O parasitismo é a associação entre os seres
vivos onde apenas um é beneficiado, ou seja, o parasita retira de outro ser
vivo todo alimento e abrigo necessários para sua sobrevivência. Entretanto, muitos
desses agentes vivem vários anos em função do hospedeiro sem lhes causar grandes
prejuízos, essa associação tende para o equilíbrio, pois a morte do hospedeiro
é prejudicial para o parasita, o qual raramente o levará a morte. Contudo,
existem elementos que fazem com que essa situação de equilíbrio se altere,
trazendo assim prejuízos para o hospedeiro, dentre estes, se destacam as mudanças
no meio ambiente, aumento populacional e péssimas condições de higiene e
alimentação, meios dos quais propiciam circunstancias favoráveis no aumento do número
de parasitas e vetores, junto a uma população suscetível. (NEVES, 2005).
Deste modo, vale ressaltar
que uma doença parasitaria não é somente causa única e exclusiva do agente
etiológico, estando também relacionada com níveis sociais, econômicos e
culturais, ou seja, com a qualidade de vida de uma população. Portanto, para
que uma doença parasitaria ocorra, são necessários alguns fatores essenciais
tanto ao parasita quanto ao hospedeiro. Os fatores inerentes ao parasita são: números
de agentes infectantes, tamanho do parasita, localização no hospedeiro,
virulência, metabolismo e etc. Enquanto que os fatores inerentes ao hospedeiro
são: idade, ocorrência de outras enfermidades, condição nutricional, uso de
outros medicamentos, hábitos e costumes, grau de resposta imune e etc.(CIMERMAN,
2005).
Para que um parasita
consiga sobreviver e se multiplicar, é necessário uma relação de patogenicidade
do parasita e resistência do hospedeiro. Sendo assim, existe uma série de
medidas que devem ser tomadas para impedir a transmissão das parasitoses,
conhecidas como medidas profiláticas, dentre as quais podem ser: a análise
clínica, epidemiológica e laboratorial, desinfecção e esterilização de objetos,
higienização pessoal, de alimentos, da água, dos ambientes domiciliares e
coletivos, dentre outras medidas (NEVES, 2005).
Nesse sentido, o estudo
da parasitologia é importante, pois abrange o conhecimento dos diversos tipos
de parasitas, seus ciclos de vida e meios de transmissão, abordando
principalmente as diversas doenças causadas por esses agentes, suas formas de
controle, prevenção e diagnóstico.
Vale ressaltar também, que
é importante o fortalecimento em ações de políticas governamentais que atuam
como principais responsáveis por manter a qualidade da saúde da população
brasileira, como das escolas, que através de projetos de educação em saúde
transmitem informações as crianças e adolescentes mostrando o quanto é
importante conhecer as doenças infecciosas e parasitárias (DIPs), das
instituições de saúde, tais como: hospitais, secretárias de saúde, PSF
(Programa de Saúde da Família) e outros, que disponibilizam a vacinação e
também o tratamento adequado para muitas doenças, dos sistemas de saneamento
básico municipal que colaboram através da higienização de bairros, ruas, lagos,
rios, ou seja, de todos os ambientes da cidade evitando o acumulo de lixos que
geralmente agem como abrigos de muitos vetores transmissores de doenças. E por
fim, é importante destacar sobre o papel de cada cidadão, de sempre ter a conscientização
ao adotar medidas preventivas como melhor forma de minimização e possível
erradicação das DIPs, contribuindo dessa forma para o progresso na promoção de
saúde.
REFERÊNCIAS:
CARVALHO,
Clecilene Gomes. Parasitoses, Ainda,
um Grande Problema de Saúde Pública, 2011. Disponível em:<http://www.webartigos.com/saude-e-beleza/>.Acesso em:
04 de Abril de 2012.
CIMERMAN, Benjamin; CIMERMAN, Sérgio. Parasitologia Humana e Seus Fundamentos
Gerais-2°. ed.-São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
NEVES,
David Pereira. Parasitologia Humana-11°.
ed.-São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
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