30 maio 2013



Aspectos Importantes em Parasitologia
Por: Any Doésia Alves Santos


                                                                                                                                      

A parasitologia é a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e a relação entre eles. O estudo dos parasitas abrange os filos Protozoa (unicelulares), Nemathelminthes (vermes redondos), Acanthocephala (vermes arredondados com pseudo fragmentação e proboscídea contida de ganchos), Platyelminthes (vermes achatados) e Artropoda (insetos e ácaros em geral). Destacam-se também o parasitismo por fungos, bactérias, vírus e até mesmo por plantas (holoparasita e hemiparasita). Os parasitos são chamados de ectoparasitas, quando vivem presos a superfície externa de seus hospedeiros, como exemplo dos piolhos e carrapatos. Podendo ser chamados também de endoparasitas, quando vivem dentro de seus hospedeiros, exemplo: Trypanossoma cruzy, Taenia solium e T.saginata (NEVES, 2005).

carrapatos: ectoparasitas de animais e do homem
fonte: http://www.agrodefesa.go.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=382%3A-hora-do-controle-estrategico-do-carrapato&catid=46%3Arecentes&Itemid=1

O parasitismo é a associação entre os seres vivos onde apenas um é beneficiado, ou seja, o parasita retira de outro ser vivo todo alimento e abrigo necessários para sua sobrevivência. Entretanto, muitos desses agentes vivem vários anos em função do hospedeiro sem lhes causar grandes prejuízos, essa associação tende para o equilíbrio, pois a morte do hospedeiro é prejudicial para o parasita, o qual raramente o levará a morte. Contudo, existem elementos que fazem com que essa situação de equilíbrio se altere, trazendo assim prejuízos para o hospedeiro, dentre estes, se destacam as mudanças no meio ambiente, aumento populacional e péssimas condições de higiene e alimentação, meios dos quais propiciam circunstancias favoráveis no aumento do número de parasitas e vetores, junto a uma população suscetível. (NEVES, 2005).
Deste modo, vale ressaltar que uma doença parasitaria não é somente causa única e exclusiva do agente etiológico, estando também relacionada com níveis sociais, econômicos e culturais, ou seja, com a qualidade de vida de uma população. Portanto, para que uma doença parasitaria ocorra, são necessários alguns fatores essenciais tanto ao parasita quanto ao hospedeiro. Os fatores inerentes ao parasita são: números de agentes infectantes, tamanho do parasita, localização no hospedeiro, virulência, metabolismo e etc. Enquanto que os fatores inerentes ao hospedeiro são: idade, ocorrência de outras enfermidades, condição nutricional, uso de outros medicamentos, hábitos e costumes, grau de resposta imune e etc.(CIMERMAN, 2005).
Para que um parasita consiga sobreviver e se multiplicar, é necessário uma relação de patogenicidade do parasita e resistência do hospedeiro. Sendo assim, existe uma série de medidas que devem ser tomadas para impedir a transmissão das parasitoses, conhecidas como medidas profiláticas, dentre as quais podem ser: a análise clínica, epidemiológica e laboratorial, desinfecção e esterilização de objetos, higienização pessoal, de alimentos, da água, dos ambientes domiciliares e coletivos, dentre outras medidas (NEVES, 2005).
Nesse sentido, o estudo da parasitologia é importante, pois abrange o conhecimento dos diversos tipos de parasitas, seus ciclos de vida e meios de transmissão, abordando principalmente as diversas doenças causadas por esses agentes, suas formas de controle, prevenção e diagnóstico.
Vale ressaltar também, que é importante o fortalecimento em ações de políticas governamentais que atuam como principais responsáveis por manter a qualidade da saúde da população brasileira, como das escolas, que através de projetos de educação em saúde transmitem informações as crianças e adolescentes mostrando o quanto é importante conhecer as doenças infecciosas e parasitárias (DIPs), das instituições de saúde, tais como: hospitais, secretárias de saúde, PSF (Programa de Saúde da Família) e outros, que disponibilizam a vacinação e também o tratamento adequado para muitas doenças, dos sistemas de saneamento básico municipal que colaboram através da higienização de bairros, ruas, lagos, rios, ou seja, de todos os ambientes da cidade evitando o acumulo de lixos que geralmente agem como abrigos de muitos vetores transmissores de doenças. E por fim, é importante destacar sobre o papel de cada cidadão, de sempre ter a conscientização ao adotar medidas preventivas como melhor forma de minimização e possível erradicação das DIPs, contribuindo dessa forma para o progresso na promoção de saúde.

REFERÊNCIAS:

CARVALHO, Clecilene Gomes. Parasitoses, Ainda, um Grande Problema de Saúde Pública, 2011. Disponível em:<http://www.webartigos.com/saude-e-beleza/>.Acesso em: 04 de Abril de 2012.

CIMERMAN, Benjamin; CIMERMAN, Sérgio. Parasitologia Humana e Seus Fundamentos Gerais-2°. ed.-São Paulo: Editora Atheneu, 2005.

NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana-11°. ed.-São Paulo: Editora Atheneu, 2005.






Nenhum comentário:

Postar um comentário